Novo partido terá a cara do interesse público, diz
Marina Silva
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Defensora do meio ambiente, Marina Silva vai criar novo partido, que tem sugestões como “Semear”, “Rede Verde” e “Partido da Terra” Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/17.06.2012/ABr. |
A ex-senadora Marina
Silva disse, na noite desta terça-feira (22), que o novo partido político que
está criando terá um programa que pretende viabilizar a defesa do interesse
público.
— Será uma proposta
que compreenda a política na sua razão de ser, que é a busca pelo bem comum,
para viabilizar a defesa do interesse público. Essa será a cara [do partido], a
cara do interesse público. Da defesa do desenvolvimento sustentável, da ética
na política, da justiça social e da liberdade.
Marina ainda evita
falar abertamente sobre a nova sigla, mas marcou para o dia 16 de fevereiro a
reunião que irá oficializar a criação de seu novo partido, que nasce para
viabilizar sua candidatura à Presidência da República.
Marina deixou o PV em
julho de 2011 após quase dois anos no partido. A ex-senadora passou meses se
desentendendo com a direção nacional da sigla até decidir abandonar a legenda.
Ela ficou terceiro lugar na corrida presidencial de 2010, conquistando quase 20
milhões de votos.
Hoje, ela se reuniu
com apoiadores em São Paulo para dar continuidade à discussão sobre o novo
partido.
— É uma decisão em
processo e é um esforço programático. É por isso que não nos deixamos levar
pela tentação de criar um partido assim que saímos do PV. Eu disse que não iria
ficar na cadeira cativa de candidato a Presidência da República.
No encontro,
promovido pelo Movimento por uma Nova Política, foram apresentados à
ex-senadora os nomes mais votados em uma enquete virtual realizada para batizar
a sigla.
Entre as mais de 40
opções sugeridas pelos internautas, despontavam na liderança “Semear”
(Sustentabilidade, Educação, Meio ambiente, Ética e Renovação), “Rede Verde” e
“Partido da Terra”.
Para viabilizar a
candidatura em 2014, Marina e seus apoiadores vão precisar correr contra o
tempo e conseguir recolher cerca de 500 mil assinaturas até outubro, data
limite para poder registrar a legenda no TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
Desde meados do ano
passado, Marina tem intensificado os contatos com lideranças políticas para
discutir o assunto. São esperados na nova legenda a ex-senadora Heloísa Helena
(PSOL), o deputado federal Walter Feldman (PSDB-SP) e o vereador Ricardo Young
(PPS-SP).
“Velhas
lideranças”
A ex-ministra do Meio
Ambiente disse que lideranças políticas que não compreendam a questão do
desenvolvimento sustentável não serão bem-vindas na nova sigla.
— É um esforço
programático, e como essas lideranças tem tido muita dificuldade de entender o
desenvolvimento sustentável e toda a dimensão dessa agenda, e não é pelo que se
diz, mas pelo que se faz. Se olharmos a postura dessas lideranças em relação ao
código florestal e a essas questões que estão acontecendo no Brasil.
Dificilmente eles teriam identidade programática.
Marina disse ainda
que não está adaptando seu discurso para integrar pessoas “de qualquer forma”.
— Queremos um esforço
programático para ir integrando legitimamente aqueles que querem muito mais do
que concorrer a uma eleição. Estamos procurando interessados em construir muito
mais que um partido, porque partidos já existem muitos.
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