
Pai de dois filhos, Coren foi levado
a mudar de opinião após o nascimento de sua segunda filha, em 2012. A bebê
nasceu com um grave problema cardíaco e a necessidade de se dedicar a seu
cuidado o fez observar situações que tocaram seu coração e mudaram sua mente.
Quando Coren viu os enfermeiros, a
quem descreveu como “anjos humanos”, que cuidam de crianças gravemente doentes,
os seus pontos de vista sobre Deus e a vida após a morte começou a se
transformar radicalmente.
Ele se viu refletindo sobre a morte,
em particular, pensando que “ela não pode ser o fim das coisas”, e chegou à
conclusão: “Simplesmente não faz sentido”. A “razão” e “lógica” que ele havia
usado para negar a existência de Deus, de repente levou-o em direção a uma
crença em algo mais profundo.
Apesar de seus melhores esforços para
evitar tornar-se cristão, Coren disse que suas faculdades de raciocínio o
deixaram sem opção alternativa. “O ponto de ter o ateísmo como uma crença é
sobre a lógica e o senso – e então você bater essa justaposição. Se você está
usando o sentido, então você não pode negar que algo mais faz sentido também”,
admitiu.
O escritor pontuou ainda que sua
conversão foi “um processo muito lento e gradual” que evoluiu ao longo dos
últimos dois anos, e que a doença de sua filha provocou uma reformulação
completa de suas opiniões: “Minha filha nasceu com um problema cardíaco. Durante
dois anos e meio eu fui cuidar dela. Ela não poderia ser deixada sozinha nem
por um segundo. Minha vida é muito parecida com um eremita. Eu estou acordado a
noite toda, todas as noites. Estou vivendo uma vida muito medicalizada”.
Numa situação em que muitas pessoas
culpariam Deus pela enfermidade dos entes queridos, o escritor vivenciou
exatamente o oposto. Na entrevista ao site The Blaze, Coren afirmou que suas
lutas ao lado da filha deram início a uma jornada de fé evangélica: “Eu tenho
sorte, porque eu tenho essa pegada cristã atrás de mim. Eu conheço as
histórias. Um dos subprodutos habituais de ser um ateu militante é saber que
você milita contra algo”, concluiu. Algo que, agora, ele crê.
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