Índice define quem serão os deputados de cada
coligação escolhidos na votação
De quatro em quatro anos, os brasileiros com mais
de 16 anos são convocados a comparecerem às urnas para escolher seus
representantes em Brasília em
diversos cargos do Poder Executivo e do Poder Legislativo. Para
a Presidência,
o Governo Estadual e o Senado,
o voto é
direto e pessoal: cada indivíduo vota em um candidato e aqueles que possuírem o
maior número absoluto de votos, ou seja, a maior quantidade excluindo-se as
abstenções, os brancos e os nulos, são os que irão subir ao poder nos anos
seguintes.
A escolha
dos deputados federais e estaduais precisa ser feita dentro da compreensão do
processo proporcional
O caso
dos deputados é diferente. É possível que um candidato que não tenha recebido
uma votação significativa seja eleito, enquanto outro com muito mais votos
fique de fora do poder. Mas como isso é possível? Para compreendermos essa
prática eleitoral, devemos conhecer o cálculo que determina o chamado quociente
eleitoral, que determina o número mínimo de votos que um candidato precisa para
ocupar um cargo público.
O quociente eleitoral é calculado somente sobre o
número de votos válidos. Também são descontados os votos em branco e os nulos.
A partir de então, divide-se o número de votos válidos pela quantidade de
postos que se podem ocupar na eleição. Vamos tomar como exemplo o estado
de São Paulo,
que elegeu 70 deputados federais. Se o total de votos válidos foi em torno de
28 milhões, teremos um quociente eleitoral de cerca de 400 mil para que um
deputado federal seja eleito.
No
entanto, somente as coligações e os partidos que alcançaram o quociente
eleitoral possuem direito a vagas no Congresso. A partir daí, é analisado o
número de votos válidos do partido ou da coligação, chamado de quociente
partidário, e esse número é dividido pelo quociente eleitoral. O total
corresponde ao número de vagas a que determinado partido terá direito. Alguns
partidos possuem deputados campeões de votos, que ultrapassam muito o limite do
quociente eleitoral e acabam trazendo mais vagas para seu partido.
Enéas
Carneiro foi o deputado federal mais votado na história da democracia
brasileira
O
deputado federal mais votado da história do Brasil foi Enéas Carneiro. Com seu
famoso slogan “Meu nome é Enéas!”, o político conseguiu quase 1,6 milhões de
votos na eleição de 2002, conseguindo mais 5 vagas para outros candidatos de
seu partido, o PRONA, todos com menos de mil votos. O palhaço Tiririca foi o
segundo mais votado em São Paulo, em 2010.
As
eleições deste ano para os cargos de deputado federal e deputado estadual
repetiram a lógica da proporcionalidade. Das 70 vagas que o estado de São Paulo
poderia preencher, somente a metade foi ocupada por candidatos com a própria
votação – todas as outras entraram na questão do quociente partidário.
Fonte: http://www.clickideia.com.br/
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