Se Marina Silva (PSB) vencer as
eleições presidenciais no segundo turno, ela será a primeira mulher negra a
governar o Brasil, mas não será a primeira vez que um evangélico chega ao
cargo.
No século passado, outros dois
presidentes de confissão protestante governaram o país em períodos distintos,
antes da atual fase de democracia.
João Fernandes Campos Café Filho,
advogado, membro da Primeira Igreja Presbiteriana de Natal (RN), foi presidente
do Brasil por pouco mais de um ano. Café Filho, como era popularmente
conhecido, era filiado ao Partido Social Progressista (PSP) e tomou posse no
dia 24 de agosto de 1954, substituindo Getúlio Vargas, e foi deposto em 08 de
novembro de 1955.
Após a deposição, Café Filho foi
sucedido interinamente por Nereu Ramos, que ocupou o cargo até a posse de
Juscelino Kubitschek.
O segundo evangélico na presidência
do Brasil foi Ernesto Beckmann Geisel, militar, membro da Igreja Luterana,
filiado ao partido Aliança Renovadora Nacional (Arena) e alçado ao poder pela
ditadura militar.
O mandato de Geisel, que durou de 15
de março de 1974 a 15 de março de 1979, foi marcado pela sanção da Lei do
Divórcio, e uma mudança na conduta do governo proporcionou uma pequena diminuição
da censura, além de um pequeno aumento no diálogo político, o que culminou anos
depois com a redemocratização do país.
Fase da nova
democracia
A saída de Geisel da presidência
aconteceu após a eleição de João Figueiredo, do Partido Democrático Social
(PDS), que governou o país até 1985, quando Tancredo Neves, do Partido do
Movimento Democrático Brasileiro (PMDB) foi eleito.
Antes de sua posse, Tancredo – que
era avô de Aécio Neves (PSDB), atual candidato tucano à presidência – faleceu,
o que levou seu vice, José Sarney (PMDB) ao cargo entre 15 de março de 1985 a
15 de março de 1990.
Sarney foi substituído por Fernando
Collor, que era filiado ao Partido da Reconstrução Nacional (PRN) e foi o
primeiro presidente brasileiro eleito por voto direto do povo, derrotando Luís
Inácio Lula da Silva (PT) nas urnas e tendo ocupado o cargo entre 15 de março
de 1990 e 29 de dezembro de 1992, quando foi deposto por processo de
impeachment.
Collor foi substituído pelo vice,
Itamar Franco (PRN), que ocupou o cargo durante o restante do mandato e nomeou
Fernando Henrique Cardoso como ministro da Fazenda, permitindo a implantação do
Plano Real e o controle da inflação.
Fernando Henrique (PSDB) tomou posse
no dia 1º de janeiro de 1995, foi reeleito quatro anos depois e governou o país
até 1º de janeiro de 2003, quando transmitiu o cargo para Lula, que se manteve
na presidência até 1º de janeiro de 2011, para dar posse a Dilma Rousseff (PT),
primeira presidente mulher da história do Brasil.
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