Erupção pegou alpinistas de surpresa. É a erupção
com mais vítimas no Japão em mais de um século
Localizado no centro do arquipélago japonês, o Monte
Ontake, segundo mais alto do país, com 3.067 metros de altitude – perde para o
Monte Fuji, que tem 3.776 –, entrou em erupção no dia 27 de setembro de 2014,
sem que houvesse aviso preventivo por parte das autoridades
de vigilância do Japão.
A atividade vulcânica de Ontake surpreendeu
centenas de montanhistas que se encontravam nas imediações e, até o momento,
foram registrados 51 mortos e 69 feridos. Esses números podem aumentar, visto
que as autoridades não descartam a possibilidade de haver mais desaparecidos,
decorrente da dificuldade em contabilizar o número total de pessoas que subiram
ao Ontake naquele dia.
Cabe
dizer que não ocorriam erupções vulcânicas com mortes no Japão – país conhecido
pelos investimentos em prevenção contra catástrofes – desde 1991. Não eram
registradas tantas vítimas desde a erupção na ilha de Tori-Shima, em 1902, que
matou 150 pessoas.
Vulcões são aberturas na crosta
terrestre por onde materiais como magma, gases e partículas quentes são
lançados para a superfície, ou seja, é uma manifestação superficial da energia
interna da Terra. Apesar de não ter expelido lava – fato que os cientistas
acreditam que ainda possa ocorrer nos próximos dias –, o vulcão lançou rochas
incandescentes e cinzas na atmosfera. Somadas às chuvas que atingiram a região
nos últimos dias, as cinzas acumuladas transformaram-se em um espesso lamaçal,
o que dificultou a ação das equipes de resgate e elevou o risco de deslizamento
de terra.
A última
grande erupção do vulcão Ontake ocorreu no ano de 1979, quando foram expelidas
200 mil toneladas de cinzas. Em 1991, foi registrada outra erupção, mas de
menor amplitude e, em 2007, uma nova erupção causou uma série de terremotos
vulcânicos no país. Existem em torno de duzentos vulcões no território japonês,
mas poucos estão ativos ou em estado de latência, os chamados vulcões
dormentes. Menos de cinquenta têm sua atividade sísmica monitorada.
O Japão encontra-se no Círculo de Fogo do Pacífico, com
40 mil quilômetros de extensão, que abrange o oeste das Américas e o leste da
Ásia e da Oceania, onde há o encontro de placas tectônicas. O
movimento dessas placas gera uma instabilidade geológica, que origina os
chamados agentes internos do relevo, que são o tectonismo, os abalos sísmicos (terremotos e
maremotos) e o vulcanismo. Também influencia os fenômenos climáticos, pois os
vulcões, somados a outros fatores, contribuem para o aquecimento das águas do
oceano Pacífico nas proximidades do Peru, que são responsáveis por anomalias
climáticas como El Niño e La Niña.
Fonte: http://www.clickideia.com.br/
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