Papai Noel começou a
existir, segundo a tradição, na pessoa de São Nicolau, bispo de Mira, na Ásia
Menor, no século IV d.C. Ele, segundo a tradição, foi um homem bondoso, que
gostava muito das crianças, principalmente das pobres, a quem dava
presentes.
Essa figura mais
tarde imortalizou-se num símbolo, que recebeu o nome de Papai Noel.
O Natal foi
paganizado e secularizado. O sentido do Natal mudou. Até o Papai Noel
mudou.
O Papai Noel moderno
é um mito, uma lenda, uma criação do comércio voraz.
No início ele era a
personificação do amor, das dádivas generosas. Hoje, ele virou garoto propaganda.
Antes, ele era discreto, hoje, vive desfilando em carros alegóricos para
provocar o apetite consumista da freguesia. Antes, ele dava presentes, hoje,
vende presentes.
O Papai Noel foi
concebido no ventre do consumismo materialista. Ele está a serviço do espírito
mercantilista. Ele virou comerciante inveterado. O velho bojudo e barbado, de
vestes vermelhas e com um grande saco nas costas, só traz alegria e presentes
para as crianças que têm dinheiro. Ele passa longe das crianças pobres. Ele não
se aproxima dos meninos de rua. Ele se transformou num comerciante sedento de
lucro, num camelô inveterado, num símbolo do consumismo insaciável.
O Papai Noel de hoje
é uma caricatura do espírito natalino; ele está na contra mão do sentido do
Natal.
O conteúdo do Natal é
salvação.
O espírito do Natal é
doação.
É Deus se fazendo
homem, o rico se fazendo pobre, o senhor se fazendo servo.
Natal é dádiva de
amor. O Natal é para todos. O Natal é Jesus. Papai Noel é um intruso, é uma
farsa, uma mentira, um roubador de cena. Os holofotes precisam estar colocados
sobre Jesus e não sobre ele.
Jesus é o dono, o
sentido e a razão do Natal.
Natal sem Jesus é
festa pagã. Natal sem Jesus é festa gastronômica.
Natal sem Jesus é
apenas mercantilismo vazio.
Precisamos
recristianizar o Natal. Precisamos democratizar o Natal.
O Natal são boas
novas de grande alegria e de salvação para o todo o povo. Pobres e ricos podem
comemorá-lo de igual modo.
Precisamos devolver o
Natal ao seu legítimo dono. Precisamos dar a glória devida a Jesus e fazer dele
o centro do Natal.
Precisamos comemorar
o Natal com uma celebração festiva ao rei Jesus, que nasceu numa manjedoura,
viveu como carpinteiro, morreu numa cruz, mas ressuscitou gloriosamente, para
oferecer-nos o banquete da salvação.
Que prevaleça a
verdade sobre o mito!
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