Um novo caso de intolerância religiosa contra católicos foi registrado
no último sábado, 14 de fevereiro, quando um grupo de jovens armados invadiu
uma paróquia e agrediu o padre, além de destruir as imagens dos santos da
religião.
O pároco da Igreja Santa Luzia, em Maceió (AL) disse que viveu momentos
de desespero quando foi feito refém pelos jovens, que por uma hora o agrediram
e mantiveram cativo: “Eles quebraram as imagens falando que eram de ídolos”,
disse o padre Paschal Prosper, de 62 anos, que se recuperava de uma cirurgia.
Outras 10 pessoas que estavam na igreja também foram mantidas reféns e
agredidas, de acordo com informações do G1.
O padre Paschal está à frente da paróquia há 20 anos, e embora já tenha
sido assaltado diversas vezes, disse que nunca havia vivido uma situação como
essa. “Os assaltantes deram tapas em todos, são jovens fortes e violentos. Não
sei quantos foram porque fiquei nervoso e, como fiquei deitado no chão, não deu
para ver”, contou à reportagem.
A ação violenta e desrespeitosa é fruto da falta de temor a Deus e noção
do valor da vida: “Fiquei uma semana no hospital, pois a minha pressão baixou.
Tiveram que colocar marca-passo e eu cheguei na casa paroquial na sexta-feira,
e no sábado aconteceu isso”, lamentou, acrescentando que apesar de estar bem, tem
medo de que os marginais voltem.
Os itens roubados durante a invasão
da igreja foram um carro Gol, de um casal de fiéis que
estava no local, celulares, um computador desktop, um notebook, e objetos
pessoais das vítimas. Posteriormente, a Polícia Militar localizou o carro
abandonado em um bairro vizinho. No entanto, os policiais não têm pistas de
quem seriam os assaltantes ou onde encontra-los.
Recorrência
Diversos casos de invasão de igrejas
católicas e destruição de imagens têm sido registrados Brasil afora. Um dos
casos mais violentos foi registrado em Cajazeiras (PB), quando um grupo de
evangélicos invadiu uma igreja, quebrou a
imagem de Aparecida e urinou sobre ela.
À época, o responsável pela paróquia Santo Antônio, padre Quirino,
acusou evangélicos da cidade de promoverem perseguição religiosa: “Estão
fazendo a cabeça das crianças para repudiarem Nossa Senhora. Estão também
chamando os católicos de baratas pretas”, relatou o padre, que denunciou os
fiéis da denominação do pastor Luiz Lourenço, conhecido como Poroca, como
responsáveis pelas agressões e vandalismo.
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