O Ministério Público do Ceará
divulgou uma nota sobre o projeto “Gladiadores do Altar”, da Igreja Universal
do Reino de Deus, considerando que a iniciativa da denominação não possui
características de organização paramilitar.
Segundo a nota, o MP “não vislumbra
um movimento armado ou com conotação de milícia no vídeo apresentado pela
Igreja Universal do Reino de Deus”, e portanto, “é preciso respeitar o direito
constitucional de liberdade de culto e de expressão”.
A polêmica em torno dos “Gladiadores
do Altar” surgiu quando o deputado federal e ativista gay Jean Wyllys (PSOL-RJ)
publicou uma imagem no Instagram e na legenda afirmou que considerava
preocupante o agrupamento dos jovens, pois isso poderia representar o
surgimento de uma milícia fundamentalista cristã nos moldes do Estado Islâmico.
A Igreja Universal reagiu às
acusações de Wyllys e classificou a fala do deputado como a união do “ódio com
a burrice”, e desmentiu que o projeto de seu ministério de jovens tenha
aspirações militares.
O posicionamento do MP do Ceará não marca
o fim da polêmica, pois Wyllys afirmou essa semana que solicitaria
investigações sobre o caso, sem especificar se procuraria os promotores do MP
no Rio de Janeiro, estado de sua base eleitoral, ou do Distrito Federal, onde
fica seu gabinete.
Enquanto isso, a denominação do bispo
Edir Macedo fez questão de dizer que existem jornalistas “movidos pelo ódio e
preconceito” contra a instituição, e que o “Gladiadores do Altar” é formado por
4.300 jovens aspirantes ao ministério missionário.
“É um programa que procura auxiliar
os jovens, no Brasil e em outros países, que se sentem vocacionados para o
trabalho missionário. Em sua maioria, são pessoas que pretendem retribuir o
apoio que receberam quando estavam em situação de risco ou de vulnerabilidade
social”, resumiu a Igreja Universal em nota em seu site.
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