Algumas semanas
atrás, militares das Forças Armadas encontraram, por acaso, o cubano Jesus
Velásquez, um suposto “agente de Saúde” do Programa “Mais Médicos”, entregue a
um fervoroso proselitismo castrista numa loja maçônica do interior da Paraíba.
Velásquez – ou seja
qual for o seu nome verdadeiro – não deveria estar ali. Ele fora designado para
atender a população carente de um município do sertão de Pernambuco. Ao ser
confrontado com o fato de que estava diante de representantes do Ministério da
Defesa do Brasil, empalideceu.
Os militares o
fotografaram exaustivamente, o interrogaram e, mais tarde, relataram o caso
para os seus superiores e para a Superintendência da Polícia Federal em João
Pessoa.
No Ministério da
Defesa e no Ministério das Relações Exteriores, em Brasília, nunca houve
dúvidas de que Havana despacharia informantes e ativistas do Partido Comunista
de Cuba misturados à alegre troupe de médicos e assemelhados contratada pelo
Ministério da Saúde para interiorizar a assistência médica no país.
Mas há outros casos
de cubanos secretamente interessados pelo Brasil.
Em outubro passado, o
conselheiro político da Embaixada de Cuba em La Paz, Manuel Alfonso Rode,
abordou o adido da Polícia Federal brasileira na Bolívia, Carlos Rogério
Ferreira Cota, com um demorado questionário. Rode – que sequer podia ser
considerado um amigo de Cota no corpo diplomático – queria saber se Brasília
estava assumindo o lugar de Washington na assessoria ao governo de Evo Morales
para a luta contra o narcotráfico, e de que forma se desincumbiria da tarefa –
e ainda, por que o regime implantado pelo falecido coronel Hugo Chávez era tão
impopular na imprensa brasileira.
Os cubanos se
esforçam por transformar o território boliviano em posto de observação
(espionagem) da realidade sul-americana, mas sua presença aí é vigiada e
controlada de perto pelo Exército de Morales – muito menos comprometido com
Havana do que o presidente venezuelano Nicolás Maduro, um ex-motorneiro de
metrô que é castrista de coração.
Diplomatas e militares
de Cuba sentem-se, não há dúvida, muito mais à vontade em sua trincheira
chavista. E só não circulam em completa liberdade porque a estadia deles ainda
está um pouco longe de ser tolerada por todos os principais oficiais do
Ministério do Poder Popular para a Defesa da Venezuela.
Fronteira
De qualquer forma,
equipes colombianas que operam equipamentos de guerra eletrônica –
especialmente os de escuta das comunicações militares que cruzam os céus
venezuelanos – colhem, de forma crescente, sinais da movimentação de militares
cubanos nos fundos do território da Venezuela – ou, em outras palavras, perto
das fronteiras desse país com o Brasil e com a Colômbia.
Os representantes do
castrismo integram as tripulações de aviões e helicópteros das Forças Armadas
da Venezuela, e, não raro, visitam por terra áreas remotas, envergando
uniformes da Guarda Nacional e da Milícia local.
A tarefa dos cubanos
é, aparentemente, executar levantamentos de áreas geográficas consideradas
estratégicas.
Informações que
circulam na sede do Comando Sul dos Estados Unidos, no estado americano da
Flórida, dão conta de que os cubanos criaram ao menos quatro perímetros de
atuação junto à sensível fronteira colombo-venezuelana – o mais importante
deles em Guasdualito, cidade de pouco mais de 100 mil habitantes bem no centro
da divisa entre os dois países.
Guasdualito sedia o
Teatro de Operações Nº 1 do Comando Estratégico Operacional da Força Armada
Nacional Bolivariana, e também a 92ª Brigada (92 Brigada de Caribes) do
Exército local.
Aí, um destacamento
de Havana proporciona instrução à soldadesca venezuelana no manuseio de
equipamentos bélicos de procedência russa (inclusive minas terrestres).
Os militares de Cuba
também estão empenhados no adestramento da tropa de infantaria blindada
venezuelana em Yaracuy, localidade que integra a chamada Región Estratégica de
Defensa Integral Central, mais conhecida como Redi-Central. Recentemente, as
guarnições venezuelanas dessa área receberam blindados sobre rodas russos do
tipo BTR-80.
Aviões
venezuelanos despejam centenas de guerrilheiros no Brasil
Enquanto aqueles que
anseiam preservar e conservar a democracia festejam o “cancelamento” da vinda
de 6.000 médicos cubanos, algo muito estranho acontece.
Aviões venezuelanos
descarregam centenas de guerrilheiros em Mato Grosso do Sul. Estes se espalham
pelo Brasil, numa visível operação nada lícita, sobretudo pela conivência
governamental e, obviamente, para operações de tomada de poder, já que o povo
provou nas ruas que não quer mais os atuais governantes, com destaque para
Dilma e seu chefe Lula.
O Brasil precisa de
uma explicação sobre isso, para que não cause uma verdadeira confusão.
Fonte: https://www.epochtimes.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário