A celebração do Tríduo Pascal na
última sexta-feira, 03 de abril, no Vaticano, foi marcada por um discurso do
franciscano Raniero Cantalamessa em protesto à indiferença das autoridades
ocidentais à perseguição religiosa perpetrada contra cristãos.
Cantalamessa condenou a “fúria
jihadista dos extremistas somalis” que no dia anterior haviam massacrado 148
pessoas em um ataque a uma universidade queniana.
“Todos corremos o risco –
instituições e pessoas no mundo ocidental – de ser o Pôncio Pilatos que lava as
mãos”, disse Cantalamessa, destacando que “os cristãos não são as únicas
vítimas da violência homicida no mundo, mas não se pode ignorar que são as
vítimas designadas e as mais frequentes em muitos países”.
A cerimônia do Tríduo Pascal é uma
preparação dos católicos para a celebração da Páscoa. A sexta-feira santa é o
único dia do ano em que não acontecem missas em nenhum lugar do mundo.
O papa Francisco participou das
celebrações do Tríduo Pascal, e deitou no chão em oração pela humanidade
durante a Solene Ação Litúrgica, um rito da Igreja Católica que relembra a
crucificação e morte de Jesus Cristo, de acordo com informações do G1.
À noite, visitou o Coliseu de Roma
(foto) para presidir a representação da Via Crúcis, que teve reflexões baseadas
no “dom de ser guardado pelo amor de Deus”. O Coliseu de Roma é um dos locais
históricos mais emblemáticos da perseguição religiosa contra cristãos.
Um dia antes, Francisco havia
visitado a Igreja do Pai Nosso, em Roma, e a prisão de Rebibbia, onde celebrou
a missa da Quinta-Feira Santa, conhecida pelo rito de lava-pés, que é a
repetição do gesto feito por Jesus com seus discípulos.
O pontífice da Igreja Católica
cumprimentou um a um os detentos que o esperavam e lavou os pés de 12 deles,
sendo seis mulheres e seis homens, entre eles um brasileiro, segundo
informações do portal Terra. Os demais presidiários são três nigerianos, uma
congolesa, seis italianos e uma equatoriana.
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