Chega ser ridícula a posição destes
senhores vereadores de Caetité (Com o perdão daqueles que não fizeram presente
na Câmera hoje, e seja contrário a esta aberração) com a nota de repúdio, em
especial, a Matéria do Estadão. É bom ressaltar que a matéria, Correio da Bahia
apresenta no seu texto equívocos, o que por obrigação devem ser retificados a
fim de garantir a informação correta a população. Agora contestar a matéria do
Estadão e com os argumentos expresso na matéria abaixo, chega ser piada de mau
gosto.
Segundo Mário Rebouças, a água
contaminada no poço é natural e não é derivada da exploração mineral.
Interpretando a sua defesa incondicional pela "vitima INB", ou seja,
as pessoas podem seguir bebendo tranquila a água, pois é igual "suco de
limão", é natural. Ou em outra situação, o que a INB tem com isto? A
partir da interpretação referente a exposição descrita na matéria, para os
vereadores, nada! Mas esquecem que o poço, como menciona a mesma reportagem do
Estadão, diferente do que expõe a empresa (INB), está na área de monitoramento
da mesma. Mas podemos ir mais a fundo, os vereadores de Caetité, podem-se
perguntar: o que que temos com isto, se a situação é com o povo de Lagoa Real
(neste caso leia-se: "que se lasquem por lá!!!")? Mas perguntamos
onde tá o papel destes senhores como servidores públicos e cidadãos
brasileiros? Mas podemos problematizar mais ainda: vamos supor que a mina não
está na área de monitoramento da empresa e que a contaminação seja natural,
neste caso, por que a população da Comunidade de Varginha (Lagoa Real) tem de
consumir a água contaminada??? Enquanto figuras do Estado qual era seu papel???
Fazer nota de repúdio a matéria (do estadão) que torna público uma situação tão
alarmante e de perigo a vida (que fica encoberta pela INB) ou denunciar e
repudiar a posição do Estado e os seus órgãos responsáveis pelo controle e
fiscalização, que até hoje não tem conhecimento dos mais de mil poços abertos
(segundo o sec. de Meio Ambiente) em Lagoa real sem monitoramento?
Entretanto, o conteúdo da matéria
busca enfatizar uma falsa defesa pela Caetité. Digo falsa, porque Caetité é
formada pelo seu ambiente natural, seu povo e sua história. Mas não vi até hoje
os mesmos vereadores repudiar os vários vazamentos provocados (e comprovados)
pela INB ao longo deste ano no próprio município de Caetité. Não vejo nota de
repúdio pela ausência de hospital de câncer em Caetité que pudesse atender a
população, mesmo comprovado o risco e evidências da relação entre exploração de
urânio e doenças cancerígenas (isto se chama prevenção e precaução, situação
que todo empreendimento deste porte e risco deveria realizar). Não vejo nota de
repúdio contra, não somente a INB, mas as diversas empresas transnacionais que
chegam aqui na região grilando terra pública, apropriando das terras das
comunidades tradicionais, entre os milhares de exemplo, citamos: o caso da
comunidade de João Barroca em Brejinho das Ametistas que está brigando na
justiça até hoje contra a BAMIM, pela retomada da sua área que historicamente
fizeram uso "e num piscar de olhos" perderam praticamente todo seu
território.
Mas neste momento aparecem "os
defensores de Caetité". Porém o que é Caetité para estes senhores que não fazem
a mesma defesa quando em muitos momentos o seu
povo, a sua história, o ambiente natural sofrem profunda violações? Entretanto, temos
uma resposta, principalmente, frente a este sistema político em que a
democracia é sequestrada: na visão desses senhores Caetité tem nome e
sobrenome: INB. Neste aspecto, todos aqueles que realmente defendem Caetité a
partir do seu povo, da sua cultura, modos de vida, história - vida - é que
devem repudiar este ato avessas destes senhores vereadores que frente a esta
situação não representou ninguém mais que seus interesses e seus parceiros
políticos (que neste caso não é e nem foi o povo caetiteense)!!!
Nenhum comentário:
Postar um comentário