Abuna Matias I é o atual líder dos 35 milhões de
fiéis dessa tradição cristã com características únicas.
Na próxima segunda-feira, 29, o papa Francisco receberá em audiência o
patriarca da Igreja ortodoxa etíope Tewahedo, Abuna Matias I, que também se
encontrará com o Pontifício Conselho para a Unidade dos Cristãos e fará uma
visita ao túmulo de São Pedro, o primeiro papa de todos os cristãos.
A Igreja ortodoxa etíope tem 35 milhões de fiéis e mantém uma intensa
tradição monástica. Ela faz parte do “tronco” ortodoxo oriental e tem
características únicas, entre as quais a observância de práticas judaicas como
o shabbat, a circuncisão e as restrições e regras de alimentação.
Quanto à liturgia, suas raízes são coptas e seu conteúdo é bastante
influenciado pela tradição siríaca. Até pouco tempo atrás, era celebrada no
antigo idioma ge’ez, mas hoje o uso da língua amárica, a mais falada na
Etiópia, cresce na maioria das paróquias.
O primeiro evangelizador dos etíopes, segundo a tradição, foi São
Frumêncio, cidadão romano que sofreu um naufrágio no Mar Vermelho e chegou à
Etiópia. Retornou à Europa, foi ordenado bispo por Santo Atanásio e se mudou de
vez para a Etiópia a fim de evangelizar.
Entre os templos da Igreja ortodoxa etíope, são mundialmente famosas as
onze igrejas escavadas na rocha na cidade de Lalibela (imagem).
O atual patriarca, Abuna Matias I, foi eleito em 28 de fevereiro de
2013.
De acordo com o comunicado do Pontifício Conselho para a Unidade dos
Cristãos, as relações entre a Igreja ortodoxa etíope Tewahedo e a Igreja
católica “são cordiais e se intensificam”. O patriarca precedente, Abuna
Paulos, tinha feito duas visitas ao Vaticano: a primeira em 1993, quando foi
recebido por São João Paulo II, e a outra em 2009, quando o papa Bento XVI o
convidou a falar na II Assembleia Especial do Sínodo dos Bispos para a África.
Abuna Paulos apresentou então aos bispos os desafios dos povos africanos.
Desde São João Paulo II, o empenho da Igreja em promover a unidade entre
os cristãos cresceu exponencialmente, em resposta concreta ao pedido de Cristo:
“Que todos sejam um”. O compromisso continuou firme durante o pontificado de
Bento XVI e se torna ainda mais claro sob o papado de Francisco, que já colhe
vários frutos do trabalho de comunhão plantado por seus predecessores.
Oremos com Cristo para “que todos
sejamos um”.
Fonte: http://pt.aleteia.org/
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