São Paulo – O salário mínimo no
Brasil teria que ser de R$ 3.899,66, de acordo com o Dieese (Departamento
Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).
Segundo a instituição, é este o valor suficiente
“para suprir as despesas de um trabalhador e sua família com alimentação,
moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e
previdência”.
O cálculo é feito todo mês pela Dieese desde 1994
com base no valor da cesta básica mais cara, atualmente a de Porto Alegre (R$
464,19), seguida por Florianópolis (R$ 453,54), Rio de Janeiro (R$ 448,51) e
São Paulo (R$ 446,28). O valor da cesta básica subiu em todas as capitais
brasileiras no mês de abril e as maiores altas foram registradas em Porto
Alegre (6,17%), Cuiabá (5,51%) e Palmas (5,16%).
A escalada de preços fez com que o salário mínimo
“suficiente” de abril fosse o mais alto desde novembro do ano passado. Os R$
3.899,66 representam alta de 6,1% em relação a março e 4,16 vezes o salário
mínimo atual, fixado em R$ 937 desde o começo do ano.
Em abril de 2016, o valor necessário para suprir
todas as despesas básicas era de R$ 3.716,77, ou 4,2 vezes o salário mínimo da
época (R$ 880). De acordo com a lei atual, o salário mínimo é reajustado todo
ano pela variação do INPC (inflação para população de baixa renda) no ano
anterior, acrescido da taxa de crescimento real do PIB dois anos antes (se
houver crescimento).
Mas como 2015 e 2016 foram anos de recessão, o
próximo aumento real vai ficar para 2019, no mínimo – e isso se a lei não mudar
nesse ínterim. Em um vídeo do ano passado, o economista Carlos Eduardo
Gonçalves aponta algumas consequências práticas caso o salário mínimo “suficiente”
fosse estabelecido por lei.
Fonte: msn.com
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