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© Reuters Kim Jong-Un e Donald Trump |
Os Estados
Unidos alertaram que a liderança da Coreia do
Norte seria “inteiramente destruída” em caso de uma guerra
depois que Pyongyangtestou seu míssil mais avançado, colocando o território
continental dos Estados Unidos ao alcance de suas armas nucleares e violando
resoluções do Conselho de Segurança da Organização
das Nações Unidas (ONU).
O governo do presidente norte-americano, Donald Trump,
vem repetindo que está cogitando todas as opções para lidar com os programas
balísticos e de armas nucleares norte-coreanos, inclusive as militares, mas que
prefere a opção diplomática.
Falando em uma reunião de emergência do Conselho de
Segurança da ONU, a embaixadora dos Estados Unidos, Nikki Haley,
disse que seu país jamais buscou a guerra com a Coreia do Norte.
“Se a guerra de fato vier, será por causa dos atos
contínuos de agressão como o que testemunhamos ontem”, disse. “… e se a guerra
vier, não se enganem, o regime norte-coreano será inteiramente destruído.”
Haley disse que Washington pediu
à China para
interromper o suprimento de petróleo para a Coreia do Norte, uma medida
drástica que Pequim, vizinho e único grande parceiro
comercial de Pyongyang, evitou adotar até agora. Trump e o presidente
chinês, Xi Jinping, conversaram por telefone no
início da quarta-feira.
“Acabei de falar com o presidente Xi Jinping da
China sobre as provocações da Coreia do Norte. Grandes sanções adicionais serão
impostas à Coreia do Norte hoje. Esta situação será resolvida!”, escreveu Trump
no Twitter.
Governos norte-americanos anteriores foram
incapazes de impedir a Coreia do Norte de desenvolver armas nucleares e um programa
de mísseis sofisticado. Trump, que já disse que os Estados Unidos iriam
“destruir totalmente” a Coreia do Norte se necessário para proteger a si mesmos
e aos seus aliados da ameaça nuclear, também vem se empenhando para conter
Pyongyang desde que tomou posse, em janeiro.
Buscar que a China use sua influência e prometer
mais sanções contra o regime são duas estratégias que renderam poucos frutos
até agora.
Durante um discurso sobre impostos no Missouri,
Trump, que já trocou insultos com a Coreia do Norte, referiu-se ao seu
líder, Kim Jong-un, com um apelido depreciativo.
“Homenzinho do foguete. Ele é um animalzinho doente”, disse Trump.
O regime, que realizou seu sexto e maior teste de bomba atômica em setembro, já lançou
dezenas de mísseis balísticos sob a liderança de Kim.
Rússia pede honestidade dos EUA
Nesta quinta-feira, o ministro das Relações
Exteriores da Rússia, Serguei Lavrov, pediu para que os
Estados Unidos sejam sinceros com relação aos seus objetivos na crise coreana e
se negou a aumentar as sanções contra a Coreia do Norte.
Segundo Lavrov, as últimas ações dos Estados Unidos
“parecem tentar conscientemente provocar Pyongyang para que dê passos bruscos”.
“Dá a impressão de que se faz tudo para que Kim
Jong-un perca a calma e se lance em uma nova aventura”, comentou o chefe da
diplomacia russa. Ele salientou ainda que os Estados Unidos devem explicar qual
é seu objetivo na crise coreana.
“Se o que buscam é um pretexto para destruir a
Coreia do Norte, como declarou a representante dos Estados Unidos no Conselho
de Segurança da ONU, que o digam abertamente e que o ratifique o governo
americano. Então decidiremos como reagir”, sentenciou.
Para ele, a pressão por meio de sanções é uma via
esgotada e que os Estados Unidos precisa negociar esta crise diretamente com
Pyongyang, algo que o país tem se negado a fazer.
(Com Reuters e EFE)
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